Centro de Bionegócios da Amazônia vai abrigar o primeiro hub de inovação em bioeconomia da região Norte

Anúncio foi feito pelo secretário da Economia Verde, Descarbonização e Bioindústria do MDIC, Rodrigo Rollemberg, que está em Manaus, onde participou do workshop Iniciativas de Pesquisa e Inovação para a Amazônia, promovido pela Finep, na sede do CBA.

O Centro de Bionegócios da Amazônia (CBA) vai receber o primeiro hub de inovação em bioeconomia da região Norte. A iniciativa será fruto de uma parceria com a Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) e a Fundação Amazônia Sustentável (FAS).

O anúncio foi feito na tarde desta quinta-feira (05/09), pelo secretário da Economia Verde, Descarbonização e Bioindústria do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Rodrigo Rollemberg, que está em Manaus, onde participou do workshop Iniciativas de Pesquisa e Inovação para a Amazônia, promovido pela Finep, na sede do CBA.

“Nós vamos transformar uma área que há 22 anos foi concebida como um hotel aqui no CBA com 27 apartamentos, mas que nunca funcionou adequadamente para agora se transformar efetivamente em um hotel, só que um hotel de empresas. Vamos receber startups, aceleradoras da área de bioeconomia, fazendo aqui no CBA um grande hub de inovação, um hub de bioeconomia. O Sebrae vai entrar com as bolsas para os empreendedores e promover mentorias e com isso transformaremos isso em um ambiente de inovação, desenvolvendo produtos e negócios a partir da biodiversidade da Amazônia, trazendo benefícios e riquezas para a população local”, explicou Rollemberg.

O ministro Alexandre Padilha, da Secretaria de Relações Institucionais da Presidência da República, que participou do encerramento do workshop ao receber o documento final com os critérios orientadores para a criação do Plano Governamental para a Amazônia no âmbito da inovação e da pesquisa, fez questão de destacar a iniciativa do hub do CBA.

“Como tem o encontro das águas aqui em Manaus, o CBA tem tudo para ser o ponto de encontro dos empreendedores privados, com os pesquisadores, os conhecedores da biodiversidade amazônica, para que dessa forma a gente possa produzir mais tecnologia, mais produtos sustentáveis, mais renda e mais oportunidades de emprego na região e para o Brasil”, disse Padilha.

O Hub de Inovação em Bioeconomia integra o projeto CBA Open, o qual pretende estimular a promoção dos Bionegócios na Amazônia, a partir do estímulo às alianças estratégicas envolvendo ICTs, governos, organizações da sociedade civil, grandes empresas, startups, investidores, agentes fomentadores, entre outros atores, que objetivem a geração de produtos, processos e serviços inovadores através da transferência e a difusão de tecnologia.

A iniciativa também contará com a colaboração estratégica do Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT).

“A criação do hub de bioeconomia no CBA, em parceria com o Sebrae e a ABDI, representa um marco significativo para o fortalecimento dos Bionegócios. Essa colaboração estratégica amplia nossa capacidade de conectar inovação, tecnologia e sustentabilidade, acelerando o desenvolvimento de soluções que valorizam os recursos da Amazônia de forma responsável. Nosso objetivo é transformar o conhecimento e as potencialidades da biodiversidade em oportunidades concretas para o mercado, sempre respeitando e promovendo o equilíbrio entre desenvolvimento econômico e preservação ambiental”, destacou o diretor de Operações do CBA, Caio Perecin.

Atualmente, o CBA já disponibilizou o edital que prevê a contratação de empresa especializada visando a reforma do alojamento do CBA. A concorrência pública está marcada para o dia 17 de setembro de 2024. A expectativa é que o Hub passe a operar já no primeiro semestre de 2025. A obra está estimada em R$ 1,4 milhões.

O gerente de fomento às estratégias a ESG da ABDI, Rogério Araújo, destacou a iniciativa como extremamente promissora para o desenvolvimento da Bioeconomia no País.

“No contexto da Nova Indústria Brasil (NIB), é fundamental destacar a importância de integrar a bioeconomia como uma força propulsora do desenvolvimento econômico brasileiro. Queremos que essa seja a marca distintiva da indústria do futuro que estamos construindo. Por isso, este projeto de revitalização e ocupação de espaços já existentes aqui no CBA, que antes não estavam sendo aproveitados, é crucial. Ele promoverá um desenvolvimento sustentável e inovador, contribuindo significativamente para o futuro do nosso país", afirmou Rogério.

Parceria FAS

Durante o anúncio, foi assinado também um Memorando de Entendimento (MOU) entre o CBA e Fundação Amazônia Sustentável (FAS), o qual estabelece uma colaboração para promover a inovação e o desenvolvimento sustentável na Amazônia. O documento visa criar uma estrutura de cooperação não exclusiva, unindo competências e tecnologias das duas partes para fortalecer os bionegócios e a biodiversidade da região.

A principal meta do acordo é desenvolver projetos que conectem as cadeias produtivas locais aos mercados, promovendo uma distribuição justa dos benefícios econômicos e sociais. Entre as principais atividades destacadas estão a gestão compartilhada de um “hotel tecnológico” para abrigar startups e o incentivo à pesquisa e desenvolvimento através de metodologias colaborativas.

A FAS se compromete a auxiliar na captação de recursos e na criação de campi de inovação na floresta, enquanto o CBA disponibilizará o espaço físico e o projeto arquitetônico do hotel tecnológico.

“Essa parceria entre a FAS e o CBA abre uma oportunidade para unir duas competências diferentes. O CBA tem uma competência de inovação tecnológica, de biotecnologia e a FAS tem a ligação com as comunidades e aldeias da floresta que podem produzir e já produzem os insumos para a bioeconomia amazônica. Então a gente junta a matéria-prima e a organização social e a produção sustentável com a tecnologia do CBA”, afirmou o superintendente da FAS, Virgílio Viana.

Fonte: CBA

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